O Sistema de Saúde norte-americano é muito diferente do brasileiro, por isso, antes de programar sua viagem ou mudança para os Estados Unidos, é importante entender como ele funciona para se organizar e evitar imprevistos ou gastos indesejados.
Além de funcionar de maneira diferente, a Saúde nos EUA está entre as mais caras do Mundo e, diferente do Brasil, não existe um sistema gratuito.
Para entender como funciona o sistema de saúde nos Estados Unidos, primeiro é preciso considerar as diferenças com o SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil, o atendimento é totalmente gratuito para todos os cidadãos brasileiros ou qualquer estrangeiro que estiver no país.
Já nos EUA, o subsídio do Governo só está disponível para pessoas abaixo da linha da pobreza, idosos e pessoas com doenças terminais, com programas chamados Medicare e Medicaid. Entretanto, mesmo nestes casos, a assistência só é válida para urgências e emergências. Não há, portanto, cobertura universal de saúde por lá.
Também existe o Affordable Care Act (ACA), uma Lei Federal de reforma dos cuidados de saúde conhecida como “Obamacare”, que exige que a maioria dos cidadãos norte-americanos e imigrantes legais tenham um nível mínimo de cobertura, mas não há penalidade para quem não contrata.
Porém, apesar de ser privado em geral e com custo alto, o sistema de saúde norte-americano é um dos mais avançados do mundo no que se refere à formação dos profissionais e aos recursos disponíveis em hospitais e clínicas.
Por esses motivos, estrangeiros, normalmente, não têm direito aos programas de saúde pública ou de baixo custo nos Estados Unidos. Então, você pode ter um plano de saúde por meio do seu empregador, caso esteja trabalhando legalmente no país, mas nem todas as empresas oferecem esse benefício. Ou contratar por conta própria, pagando o valor integral conforme seu estado de residência, idade, categoria escolhida e outros fatores.
Além disso, imigrantes legais são elegíveis para cobertura de saúde através do Health Insurance Marketplace, um serviço operado pelo governo federal que ajuda as pessoas a comprar e se inscrever em seguros de saúde. Nessa categoria, são considerados portadores de Green Card, refugiados e asilados, residentes temporários e portadores de visto de não imigrante, como os de trabalho ou de estudante.
No caso de serviços privados, o custo do plano de saúde varia de acordo com fatores como a idade, o estado e a cidade onde você mora, a categoria do plano e outras especificidades.
Em 2022, o custo médio individual de um plano de saúde nos EUA para uma pessoa de 40 anos na categoria silver (que seria uma categoria mediana) foi de US$ 541 mensais.
Agora que você já sabe da importância de ter um plano de saúde nos Estados Unidos, na hora de escolher um preste atenção a especificações, como localidade e rede credenciada para não ter surpresas na hora do atendimento.
E o turista?
Para uma viagem de 10 dias, espere gastar entre R$ 312 e R$ 1.543 com seguro viagem com cobertura para Covid-19. Ou seja, entre R$ 31 e R$ 154 por dia. Os valores variam de acordo com a faixa etária e cobertura contratada.
Vale lembrar que quando você compra um seguro para os Estados Unidos, na verdade, você está comprando um que cobre toda a América do Norte. Ou seja, você estará protegido não apenas nos Estados Unidos (inclusive em destinos famosos como Orlando, Disney, Flórida e Nova York), como também no México e no Canadá também.
Lembrando que um seguro cobre as despesas até o valor da apólice. Se você contratou um seguro viagem para os EUA com cobertura de até US$ 10 mil, toda despesa que você tiver que ultrapassar esses US$ 10 mil sairá do seu bolso.
Texto: Rebeca Janes – Tudo Para Brasileiros
