Fenômeno raro foi visto no céu da Flórida Central após forte tempestade solar; especialistas explicam o que causa as luzes coloridas e como observá-las novamente
A noite de terça-feira, 11, foi marcada por um espetáculo incomum na Flórida: a aurora boreal — também conhecida como “Northern Lights” — pôde ser vista em partes do estado, incluindo na regão metropolitana de Orlando, na Flórida Central. O fenômeno, geralmente restrito às latitudes mais próximas dos polos, foi provocado por uma poderosa tempestade solar que empurrou o campo magnético terrestre para regiões muito mais ao sul do que o normal.
Durante o evento, moradores registraram o céu iluminado em tons de vermelho, rosa e azul, compartilhando imagens impressionantes nas redes sociais. As fotos mostraram o brilho suave no horizonte e cortinas coloridas dançando sobre as nuvens, um verdadeiro espetáculo de luz natural.
Há previsão de que as luzes possam ser vistas novamente nesta quarta-feira (12), embora de forma mais discreta. Na Flórida, será mais provável capturar o fenômeno com câmeras de longa exposição do que a olho nu.
Para quem quiser tentar observar, recomenda-se procurar locais afastados da poluição luminosa e mirar o celular para o céu — muitas vezes as cores são detectadas pelo sensor da câmera mesmo quando não são visíveis diretamente.
O espetáculo pode se repetir brevemente sobre partes da Flórida Central, dependendo da intensidade da tempestade solar.
O que causa a aurora boreal
As auroras são exibições luminosas criadas quando partículas energéticas do Sol colidem com gases na atmosfera da Terra, guiadas pelo campo magnético em direção aos polos. Esse encontro libera energia em forma de luz, criando cortinas cintilantes que variam entre verde, roxo e vermelho.
Normalmente, o fenômeno só é visível em regiões como o Alasca, Canadá e Escandinávia. No entanto, quando o Sol libera uma grande quantidade de partículas — um evento conhecido como ejeção de massa coronal — o campo magnético terrestre se expande e a aurora pode ser observada muito mais ao sul, como ocorreu desta vez na Flórida.





