Início

Brasileiros montam negócio de R$ 10 milhões vendendo coxinhas nos EUA

Quando se fala em comida brasileira você pensa em coxinha, brigadeiro, pão de queijo e pastel? Foi isso que  pensaram os criadores do Petisco Brazuca, a primeira lanchonete brasileira em New York, que hoje faz sucesso entre brasileiros e norte-americanos e cresce a cada dia.

A ideia surgiu em 2013, quando Vanessa Oliveira, 33, e Ricardo Rosa, 33, saíram dos empregos e juntaram as economias para fazer intercâmbio nos Estados Unidos para adquirir fluência no inglês e viver a experiência de morar no exterior por um ano. 

Para a festa de aniversário de uma amiga, o casal procurou algum restaurante que vendesse coxinhas para presentear uma amiga com um quitute clássico das festas brasileiras. Porém, após procurar por New York toda e não encontrar nenhum lugar para comprar coxinhas, decidiram botar as mãos na massa e produzir o presente para a amiga. 

“Procuramos uma receita no YouTube e fizemos em casa para levar, no melhor estilo caseiro”, conta Ricardo em entrevista à Forbes. “Em termos de apresentação, parecia tudo, menos coxinha. Mas a intenção foi genuína”, brinca ele. E, apesar da estética, as coxinhas fizeram sucesso entre os convidados da festa, que sugeriram ao casal transformar a ideia em um negócio. 

Após um ano de intercâmbio, o casal decidiu ficar nos Estados Unidos. Como as economias já estavam acabando e eles precisavam de uma fonte de renda para se manter no País e os brasileiros decidiram começar a produção de coxinhas para vender. Assim, durante 10 anos o empreendimento teve um crescimento gradativo e após um mês, eles precisaram sair da cozinha caseira para se acomodar em uma dark kitchen (cozinhas de aluguel) no Brooklyn, para expandir a produção. 

“Fechamos uma encomenda grande e com o dinheiro alugamos o espaço novo. Era assim: a cada nova encomenda comprávamos um novo utensílio ou uma ferramenta para melhorar o negócio. As coisas foram se construindo devagar”, conta o CEO e fundador.

Inicialmente, a ideia foi se tornar referência em salgados para a comunidade brasileira local. Quando chegaram a esse objetivo, a meta passou a ser alcançar o público americano. “Queríamos testar a aceitação do nosso produto para além do mercado da saudade”, diz o CEO.

Em 2018, a Petisco Brazuca montou sua fábrica com maquinário profissional no coração do Brooklyn e inaugurou sua primeira loja física, incorporando outras receitas brasileiras ao cardápio. Atualmente, a empresa produz cerca de 300 mil salgados por mês. Além das coxinhas, que possuem sabores variados (frango, calabresa, queijo e espinafre), o cardápio também conta com croquete, pão de queijo, pastel, churros, brigadeiro e açaí.

Dez anos depois, o empreendimento improvisado se tornou um negócio de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões), que atende gigantes como Google, Nike, Amazon e We Work no serviço para empresas, além do atendimento direto para consumidores

E os planos para o futuro continuam, o casal contou que quer criar uma linha de congelados, o objetivo é ultrapassar 1 milhão em produção mensal. Além disso, novas lojas temporárias devem ser montadas em shoppings. No momento, a empresa trabalha com três lojas próprias físicas e cinco temporárias em associação com a Smorgasburg (o maior mercado de alimentos ao ar livre dos EUA e do Urban Space, uma das organizações de food hall mais importantes de New York). 

De acordo com o site da empresa a “Petisco vive de sua alma única, adequadamente representada nos detalhes em laranja e preto da marca, ingredientes originais brasileiros e criatividade.”

Compartilhe