O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos segue monitorando de perto uma onda tropical no Caribe, identificada como Invest 94L, que tem grande potencial de se transformar na próxima depressão tropical ou até mesmo em uma tempestade nomeada nos próximos dias.
A área instável já provoca fortes chuvas e tempestades sobre a República Dominicana e as ilhas Turks e Caicos. Segundo o boletim das 8h desta quinta-feira, a expectativa é de que uma baixa pressão se forme até sexta-feira, ao se aproximar do sudeste das Bahamas. Se confirmada a previsão, a formação poderá se tornar uma depressão tropical ao atingir o centro e o noroeste do arquipélago.
Embora seja cedo para definir se haverá impacto direto sobre a Flórida, o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) em Melbourne já alerta para condições marítimas perigosas na próxima semana, com ondas fortes e riscos para banhistas e embarcações.
O sistema deve avançar em direção oeste-noroeste a uma velocidade entre 16 e 24 km/h, levando chuvas intensas e rajadas de vento a Porto Rico e Hispaniola ainda nesta semana. O NHC aponta 70% de chance de desenvolvimento em 48 horas e 90% nos próximos sete dias. Caso evolua, poderá receber o nome de tempestade tropical Imelda, o nono ciclone da temporada no Atlântico.
Autoridades reforçam que, mesmo sem trajetória definida, moradores e visitantes da Flórida devem revisar seus planos de emergência e acompanhar os próximos boletins.
A temporada de furacões segue até 30 de novembro, período em que o estado costuma estar em alerta máximo. O pico climatológico da temporada de furacões no Atlântico foi em 10 de setembro, mas 60% da atividade anual historicamente aconteceu após essa data, afirmou o NHC.

Os trópicos movimentados ultimamente também testemunharam a formação do oitavo sistema nomeado na quarta-feira, quando a tempestade tropical Humberto se desenvolveu no Atlântico.
De acordo com o alerta do NHC às 5h da manhã de quinta-feira, o centro da tempestade estava localizado a cerca de 480 milhas a leste-nordeste das Ilhas Leeward, no norte do Caribe, com ventos máximos sustentados de 45 mph movendo-se para noroeste a 10 mph.
Ventos com força de tempestade tropical se estendem por 168 quilômetros a partir do seu centro. “Um movimento de oeste-noroeste para noroeste é esperado nos próximos dias, com uma velocidade de avanço mais lenta”, disseram os meteorologistas.
A previsão é de que o sistema se torne o terceiro furacão da temporada até o fim de semana, mas por enquanto não há ameaça à terra.
Quanto ao furacão Gabrielle, sua trajetória prevista motivou um alerta de furacão para os Açores.
De acordo com o alerta do NHC às 5h, a tempestade ainda tinha ventos sustentados de 85 mph, tornando-se um furacão de categoria 1 localizado a cerca de 665 milhas a oeste dos Açores, indo para o leste a 32 mph.
O pico climatológico da temporada de furacões no Atlântico foi em 10 de setembro, mas 60% da atividade anual historicamente aconteceu após essa data, afirmou o NHC.
O único outro furacão desta temporada foi o furacão Erin, que se tornou um enorme sistema de categoria 5 com ventos de 257 km/h, mas permaneceu no Atlântico sem atingir a costa.