Mais de 50 especialistas e um público expressivo se reuniram no último sábado (27) para a primeira edição do ECON – Encontro de Negócios das Américas em Orlando. O evento, que chega à sua quarta edição e é considerado uma referência para empreendedores brasileiros que buscam expandir operações nos Estados Unidos, transformou a cidade em um polo de discussões sobre a internacionalização de negócios.
Com uma programação de quase 20 painéis, o evento ofereceu ferramentas práticas e educacionais para quem quer investir no mercado norte-americano. Na abertura, o cônsul-geral do Brasil em Orlando, João Lucas Quental, abordou as relações comerciais entre os dois países e alertou para as tarifas impostas pelos EUA. “Uma das alternativas seria o Brasil mais um, onde a empresa brasileira busca um terceiro país com tarifa menor e reexporta para os Estados Unidos”, disse Quental, incentivando a busca por estratégias inovadoras.
Em um dos painéis mais concorridos, sobre o sistema bancário, Fernanda Freitas, do Banco do Brasil Americas, defendeu a internacionalização de negócios mesmo diante das incertezas globais. “Se nós pensarmos que o Brasil representa 2,7% do PIB mundial e os Estados Unidos 26%, verificamos que temos uma oportunidade de negócios e investimentos maravilhosa aqui”, afirmou Freitas. O debate contou com a mediação de Marcelo Ribeiro, da MR Soluções Jurídicas e Empresariais, e a participação de Daniel Janequine, do Bank JP Morgan, e Ralph Boragina, do Inter.
Ao longo do dia, temas cruciais para a expansão de empresas foram discutidos, incluindo planejamento fiscal, imigração, logística, investimentos, mercado imobiliário e franquias. A tecnologia teve destaque no painel mediado pelo empresário Hélio Oliveira, da Predesign, com a presença de especialistas como Wanderson Castilho (cibercrimes) e Alex Lira (tecnologia na construção). Lira abordou como a inteligência artificial pode democratizar oportunidades para imigrantes, citando o auxílio da IA na quebra de barreiras de aprendizado e língua.
Com quase sete horas de duração, o evento foi encerrado com um painel sobre inteligência de mercado e branding, reforçando a importância de estratégias sólidas para o sucesso no exterior. O ECON consolidou-se como um evento grandioso, essencial para o ecossistema de negócios entre Brasil e Estados Unidos.
