O furacão Erin, o primeiro da temporada de 2025 no Atlântico, intensificou-se rapidamente e atingiu a categoria 5 — a mais alta da escala Saffir–Simpson —, neste sábado, 16, com ventos sustentados de cerca de 160 mph (255 km/h) e pressão mínima registrada próxima de 917 mb, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.
“Este é o perigoso furacão Erin que acabou de chegar a categoria 5. Neste momento ele está com ventos de 170mph e pressão atmosférica de 915mb, típica das tempestades mais intensas. Mesmo que a rota seja que evite o continente, devemos ficar de olho, pois, se trata de uma tempestade extremamente perigosa”, destacou o professor brasileiro Marcel Ligabô, climatologista especializado em furacões.
Localização e trajetória
No momento, Erin está passando aproximadamente 170 km ao norte de Anguilla, no Caribe, e se desloca em direção ao oeste-noroeste. A previsão aponta que a tempestade continuará a se afastar do continente e se moverá entre o litoral leste dos EUA e Bermudas ao longo da próxima semana, com trajetória atualmente mantendo caminho sobre águas abertas.
Impactos regionais imediatos
Erin já está gerando efeitos significativos no Caribe, com chuvas intensas, risco de inundações repentinas e deslizamentos em Ilhas Leeward, Ilhas Virgens, Porto Rico e Ilhas Turks e Caicos, onde foram registradas até 6 polegadas (15 cm) de precipitação em alguns locais.
Perigos à costa leste dos EUA
Embora a tempestade mantenha trajetória offshore, meteorologistas alertam para ondas gigantescas, correntes de ar fortes e perigosas, além de erosão costeira que podem impactar desde a Flórida até o Maine, especialmente em locais como a Carolina do Norte, Cape Cod e Long Island.
Possível ampliação e risco secundário de incêndios
Erin pode se expandir (duas ou três vezes seu tamanho atual), o que aumentaria seu alcance. Além disso, há preocupação com incêndios nos EUA, caso o sistema evolua para uma ampla tempestade extratropical com ventos fortes e solo seco — criando condições para fagulhas e incêndios em áreas vulneráveis.
Contexto histórico
Sua rápida intensificação — de tempestade tropical a furacão categoria 5 em apenas 24 horas — é incomum e preocupante, ressaltando os efeitos potencializados pelas mudanças climáticas, como o aumento da temperatura do mar e umidade atmosférica elevada