Os fãs de esportes em todo Mundo estão se lembrando da lenda do futebol Pelé, e não está sendo diferente em Orlando, nos Estados Unidos, que conta com uma grande comunidade brasileira e um dos principais times do País, o Orlando City.
Pelé morreu aos 82 anos nesta quinta-feira, 29, após lutar contra um câncer de cólon. Ele ajudou a tornar o futebol o esporte mais popular do mundo e por fortalecer o soccer nos Estados Unidos. Pelé jogou no New York Cosmos, entre 1975 e 1977. Foi com a camisa do Cosmos, aliás, que o Rei se despediu oficialmente dos gramados. Foram 64 gols em 106 jogos pelo clube.
O diretor de futebol do Orlando City Soccer Club, Ricardo Rico Moreira, que é brasileiro, fez uma bonita homenagem ao Rei do Futebol em sua rede social.
“Talento, força, preparação, execução…Os títulos, os 1279 gols, as 3 Copas, os 2 gols em final de Copa aos 17 anos, a coroação, o atleta do século, o título de Sir, as guerras que ele parou na África para que o Santos pudesse jogar, o gol na Javari, os mundiais tudo o que está no números, nos vídeos, nos filmes e nas memórias, a gente já sabe.
Mas senti um aperto no peito ao vê-lo partir e queria falar de como e quando que o Rei nasceu para mim, que não o vi jogar ao vivo.
Foi na ocasião daquele amistoso em San Siro, em celebração ao seus 50 anos de idade. Era dia do meu aniversário, 31 de outubro, e meus pais colocaram o jogo na televisão durante a festa. Todos pararam para ver, inclusive as crianças que pensavam ser aquela só mais um jogo de celebração. Mas para mim aquele evento bateu de forma diferente.
Eu lembro da roupa que ele usou, da entrevista, da chuteira que usou. Eu nunca mais vi nada sobre aquele jogo, mas eu lembro. O ar de lenda que circundava o certame me encantou e, curioso e sem Google, comecei a perguntar quem era, de fato, Pelé.
Ganhei do meu avô 3 fitas de VHS que continham toda a história do Rei no Santos e Seleção: os triunfos de 1958, 1962, 1970, o fracasso de 1966 – o que ele apanhou ali na Inglaterra não está escrito -, a vida pessoal, a preparação física, a mentalidade, os dribles, gols.
Absurdamente encantador. Dentro de tudo isso, o documentário “Isto é Pelé”. Ali naquelas 3 fitas Pelé nascia, aos 50 anos de idade, como lenda para uma criança que ainda ensaiava se apaixonar por futebol. Mas não é que as lendas nascem e nascem para alguém a todo tempo. Lendas, na verdade, não morrem. E a paixão que eu senti ali, aquele brilho no olhar e aquele frio na barriga, permanecem aqui até hoje e já estão ficando de legado para o próximo apaixonado.
Obrigado, Rei. Que Você descanse e curta a Eternidade que só as Lendas podem desfrutar”
publicou Ricardo Moreira, diretor do Orlando City
Também através da sua conta oficial no Twitter, o Orlando City homenageou Pelé. ““Um titã do nosso jogo para sempre. Descanse em paz Pelé”.
